Como parte integrante do mundo feudal, a Igreja Católica contribuiu para o desenvolvimento de uma compreensão crítica a respeito das desigualdades sociais que caracterizavam a sociedade feudal.

A influência da Igreja limitou­-se aos cuidados com a vida espiritual dos homens medievais cujo objetivo principal era conduzi-­los à salvação da alma e ao gozo da vida eterna.

Em relação às mulheres e sua conduta na vida social, a Igreja defendia abertamente a igualdade em relação ao sexo masculino, podendo exercerem os mesmos direitos e funções sociais que seus pais, irmãos e maridos.

Pode­-se afirmar, sem exagero, que a Igreja possuía quase a exclusividade dos homens cultos da sociedade feudal, mantendo, assim, o monopólio da educação e cultura até o final da Alta Idade Média.

Fiel aos princípios cristãos de “amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, a Igreja Católica conviveu pacificamente com as várias práticas religiosas pagãs (remanescentes das culturas “bárbaras” e greco­romanas), o judaísmo e o islamismo, que também faziam parte do cenário religioso medieval.