Imediatismo das redes sociais afeta mais os jovens e causa sobrecarga cognitiva
Para especialista, a quantidade de informações recebidas pelo cérebro faz com que a memória fique saturada
Durante a pandemia da Covid-19, popularizou-se mundialmente o Tik Tok, aplicativo de vídeos curtos, de até 1 minuto, que se tornou o mais baixado nos últimos dois anos. Uma pesquisa realizada pelo próprio app mostrou que havia 1 bilhão de usuários ativos em 2021. De certa maneira, o crescimento desenfreado dessas redes sociais proporciona inúmeras oportunidades para os criadores de conteúdo, mas pode ser prejudicial para os usuários.
Esse imediatismo que afeta os jovens de querer tudo com fácil acesso pode acarretar problemas à saúde. A psicóloga Gorete Rocha explica: “A cultura do aqui e agora dificulta a conexão consigo e com o outro. Querem a resolução de problemas de forma imediata para não entrar em contato com frustrações. Produzir e consumir se tornam prioridade”, diz Gorete sobre o imediatismo que as redes sociais causam.
Além disso, a psicóloga explica que as tecnologias digitais têm exercido sobre os jovens, consequências na cognição pelo fato de as estimulações emocionais e audiovisuais estarem em elevada atividade. “O enorme volume de dados recebidos pelo cérebro, sobre várias formas, pode fazer com que a memória de trabalho fique saturada, gerando sobrecarga cognitiva, havendo dificuldade do cérebro ativar sua memória de longo prazo, fazendo com que a informação não gere conhecimentos devido à sobrecarga cognitiva e, apesar de a informação ser retida, não será mantida. Fora que essas estimulações podem gerar ansiedade e depressão”, explica.
(Disponível em <http://jornalismo.iesb.br/destaque3/imediatismo-das-redes-sociais-afeta-mais-os-jovens-e-causa-sobrecarga-cognitiva/.> Acesso em 01 jul. 2023)
A articulação entre as informações do texto leva à compreensão de que ele propõe uma explicação para o comportamento de uma parcela específica da população baseado em