No Império Carolíngio, a ordem e a autoridade não poderiam manter-se a partir de um palácio distante dos poderes locais. A não ser que existisse um verdadeiro quadro administrativo, a única forma de o soberano ser obedecido e impor sua vontade e justiça seria tratar pessoalmente de todas as questões. O prestígio e a presença do rei seriam suficientes para fazer valer suas decisões. Mas, nesse caso, o monarca se tornaria um perpétuo errante, deslocando-se por toda parte para acudir ao menor sinal de agitação e de descontentamento. Como tudo repousava, de fato, na pessoa do soberano e não nos quadros do Estado – visivelmente insuficientes e inadequados –, o império mal sobreviveria à morte de seu criador em 814.
MENDONÇA, Sonia Regina de. O mundo carolíngio. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 87-88. Adaptado.
Sobre esse período da história europeia e sobre as realizações de Carlos Magno, pode-se dizer que ele