“Indústria cultural não é sinônimo de arte popular. Tampouco é um adjetivo para designar ‘cultura de gente alienada’ ou ‘arte reificada’. Não faz o menor sentido, para Adorno, utilizar essa expressão para designar programas e músicas específicos, pois indústria cultural não é um conjunto de bens culturais. Tampouco se trata de confundir cultura de massas com cultura do ‘povo’–o termo ‘massa’ utilizado pela teoria crítica refere-se sempre à teoria de Freud e remete, portanto, a uma teoria do enfraquecimento do ‘eu’. Ademais, indústria cultural não se resume ao problema da comercialização da arte, conforme pensam alguns sociólogos –embora o tornar-se ‘mercadoria’, no sentido marxiano do termo, esteja em seu cerne.”
TORRE, Bruna Della. A nova “organização”: Adorno, indústria cultural (digital) e a extrema-direita hoje. Blog da Boitempo. Disponível em: https://blogdaboitempo.com.br/2021/06/24/a-nova-organizacao-adorno-industria-cultural-digital-e-a-extrema-direita-hoje/. Acesso em:04ago. 2021
A Escola de Frankfurt expressa uma corrente de pensamento teórico que desenvolveu a concepção de Indústria Cultural, segundo a qual