A Itália não era, na época do Renascimento, uma nação, mas uma nação de nações. Uma nação de nações que, na segunda metade do quattrocento, vivenciou uma espécie de pioneiro equilíbrio de poder entre os principais Estados. Pois, dentre todos eles, não havia, na Península Itálica da época do Renascimento, nenhum Estado que pudesse levar a cabo um processo de unificação política. Não havia nenhum com uma formação social, semelhante àquela que existia nos outros países da Europa e que permitiu o aparecimento de uma monarquia absoluta, de um Estado resultante de uma articulação entre nobreza fundiária e monarquia dinástica, cuja autoridade agia no ápice da pirâmide de poder, mas não na base, na estrutura dos direitos senhoriais.
(Modesto Florenzano. Lições de história moderna (séculos XV a XX), 2021. Adaptado.)
O excerto entende a formação dos Estados absolutistas da Idade Moderna como o resultado