John Wycliff (1320-1384) propunha o retorno a uma Igreja pura, pobre, defensora de uma economia coletiva. O inglês Wycliff era contra as propriedades da Igreja, o que também desagradava à burguesia nascente, defensora exatamente da propriedade. Suas ideias reformistas alimentaram as Insurreições Camponesas de 1381, das quais participou pessoalmente. Foi excomungado em 1382.
As críticas de Wycliff deixaram marcas em seus discípulos, sobretudo porque ele era contra as indulgências (...) Mas ele era também contra os sacramentos, contra os santos e propunha ainda uma reforma dos costumes políticos (...)
Adepto de Wycliff, o tcheco Jan Hus (1369-1415) atacou, em 1402, o clero católico, denunciando-o como um conjunto de “príncipes” não-espirituais, verdadeiros potentados terrestres. (...) Considerado herético, foi condenado à morte na fogueira (1415).
(Carlos Guilherme Mota. História moderna e contemporânea, 1989.)
Diferente de John Wycliff e Jan Hus, Martinho Lutero não teve o mesmo destino trágico, ainda que fizesse críticas próximas aos heréticos dos séculos anteriores. Essa condição de Lutero deveu-se