José de Alencar, o festejado criador de vários romances indianistas, não seria mais nacional que Machado de Assis? A opinião da crítica mais refinada vai em direção oposta: o romancista de Quincas Borba seria o mais profundamente brasileiro dos nossos escritores. (...) A literatura de Machado de Assis seguramente apresenta um brasileirismo de espécie interior, que até certo ponto dispensa a cor local. (...) Digamos, sumariamente, que, em vez de elementos de identificação nacional, Machado buscava relações e formas sociais. A feição nacional destas é profunda, sem ser óbvia.
(SCHWARZ, Roberto. Que horas são? São Paulo: Companhia das Letras, 1987, p. 165-166)
A interrogação que abre esse texto crítico − José de Alencar, o festejado criador de vários romances indianistas, não seria mais nacional que Machado de Assis? – deixa ver que, considerando-se o contexto,