Questão
Universidade do Estado do Amazonas - UEA
2011
1ª Fase
VER HISTÓRICO DE RESPOSTAS
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José do Patrocínio, um dos mais importantes abolicionistas da história do Brasil, editava, em 1875, um jornal intitulado Os Ferrões. Na edição de 1.º de setembro de 1875, ele escreveu:

O governo formulou a lei de liberdade aos nascidos após este bendito dia [o dia 28 de setembro de 1871], e pensando que nem só isto bastava, falou em criação de hospícios, em remuneração aos senhores, em mil coisas enfim. Ora lá se vão quase quatro anos e o governo está ainda com os braços cruzados. O que quer? (...) Quer que esses redimidos venham desempenhar na sociedade simplesmente, naturalmente, graciosamente o papel de consumidores de aguardente, mascadores de fumo e irmãos do santo ócio? Quebrar os grilhões do cativeiro nada é, ficando intactos os não menos pesados grilhões da ignorância. O escravo não se redimirá somente com a liberdade, é complemento dessa redenção – o livro e a oficina.

De acordo com José do Patrocínio,
A
a extinção da escravidão no Brasil atiraria os libertos a um estado de penúria econômica e moral mais grave que o dos tempos da escravidão.
B
a lei da liberdade aos nascidos teria sido o resultado de uma decisão política das elites brancas, que não teve importância para os escravos.
C
os libertos estariam condenados, juntamente com seus descendentes, a uma vida de ignorância e miséria, independentemente das atitudes do governo. 
D
as leis abolicionistas que não fossem complementadas por medidas de caráter social e cultural deixariam os antigos escravos em uma situação de marginalidade social.
E
a rebelião armada dos escravos contra os seus dominadores seria o único caminho seguro para sua efetiva e real libertação.