José do Patrocínio, um dos mais importantes abolicionistas da história do Brasil, editava, em 1875, um jornal intitulado Os Ferrões. Na edição de 1.º de setembro de 1875, ele escreveu:
O governo formulou a lei de liberdade aos nascidos após este bendito dia [o dia 28 de setembro de 1871], e pensando que nem só isto bastava, falou em criação de hospícios, em remuneração aos senhores, em mil coisas enfim. Ora lá se vão quase quatro anos e o governo está ainda com os braços cruzados. O que quer? (...) Quer que esses redimidos venham desempenhar na sociedade simplesmente, naturalmente, graciosamente o papel de consumidores de aguardente, mascadores de fumo e irmãos do santo ócio? Quebrar os grilhões do cativeiro nada é, ficando intactos os não menos pesados grilhões da ignorância. O escravo não se redimirá somente com a liberdade, é complemento dessa redenção – o livro e a oficina.
A Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel e que produziu, no dia 13 de maio de 1888, um clima de alegria e festa na cidade do Rio de Janeiro,