José Vieira Fazenda, que foi um historiador, bibliotecário, político e médico brasileiro, faz referência, em uma das suas obras, às chuvas da sinistra noite de 21 para 22 de setembro de 1711, onde tal tempestade parece ter coincidido com a chegada dos franceses ao Rio de Janeiro.
“Forçada a barra do Rio de Janeiro e apoderando-se da ilha das Cobras, iniciou o célebre marítimo o bombardeio da cidade. 'Noite espantosa, noite terrível!', diz testemunha ocular. O seu silêncio repentinamente se perturba pelas descargas de toda a artilharia. Ao mesmo tempo se cobre o céu com horrorosa tempestade. O fogo dos relâmpagos se confunde com o fuzilar dos canhões e o ribombar destes junto aos formidáveis estrondos dos trovões repercutindo pelos ecos das montanhas davam os míseros habitantes a sinistra ideia do fim do mundo.
Ajuntando-se a mais terrível noite de chuva e escuridão, que pôs os caminhos de sorte que em algumas pontes se passava com água pelos peitos, e pareciam os passageiros o espetáculo de um naufrágio”.
Disponível em: <http://www.snh2013.anpuh.org/resources/anais>. Acesso em: mai. 2019. Adaptado.
Desde a fundação da cidade do Rio de Janeiro, as chuvas de elevada intensidade estão presentes no cotidiano carioca e, no mês de abril desse ano, mais uma história dessas terríveis tempestades se repetiu, causando medo e destruição a uma cidade que nunca conseguiu se preparar para eventos climáticos como esse.
A conjuntura geográfica que se destaca por favorecer esse tipo de desastre na cidade do Rio de Janeiro é