KING KONG JAPONÊS DEU ORIGEM ÀS CARRANCAS DO SÃO FRANCISCO
Isto é, as carrancas no formato que todo mundo conhece. Elas existiam antes, mas ganharam uma cara nova por conta de um filme de monstro
Na virada do século 19 para o século 20, os embarcadores de Piraporinha em Minas Gerais, que faziam comércio com a cidade de Juazeiro na Bahia, encontraram uma maneira de diferenciar e chamar atenção para as suas embarcações. Na proa dos barcos foram colocadas figuras feitas de madeira, produzidas por artesãos chamados de carranqueiros. Possuíam características insólitas: os artistas misturavam traços de animais e humanos nos objetos.
(...)
Os artistas encontraram outra utilidade para os objetos: passaram a ser produzidos em bustos decorativos. Como protegiam os barcos, protegeriam as casas. Essas carrancas acabaram evoluindo para outra tradição, guiadas pelo gosto de outros clientes. E, assim, das figuras animais brancas, elas viraram os monstros castanhos de hoje. Pela ideia de um artesão: em 1971, após assistir ao filme japonês A Fuga de King Kong, de 1967, o mestre escultor Bitinho, de Petrolina, Pernambuco, teve a ideia de criar uma carranca nova inspirada no macaco-robô do filme.
A carranca macaca, bem mais assustadora que as tradicionais, foi um sucesso. Então o mestre continuou com sua inspiração no cinema. Misturando as cores preta, vermelha e branca e com olhos esbugalhados, presas enormes e uma boca gigante, nasceu a carranca vampira. Tornou-se um sucesso nas feiras de artesanato do Nordeste. Ao mesmo tempo levou ao esquecimento as versões antigas (...).
(Disponível em <https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/historia-figura-tradicao-carrancas-sao-francisco- filme-king-kong-japones.phtml> Acesso em 28 fev. 2021)
Sobre as Carrancas vampiras, segundo o texto, pode-se afirmar que: