O Karatê é uma palavra de origem japonesa, formada por dois caracteres: “Kara” e “Tê”, que significam respectivamente “vazios” e “mão”. Sua origem se dá a partir das técnicas de defesa sem armas de Okinawa, tendo como base filosófica o Budô (caminho do guerreiro), traduzindo-se pela busca constante do aperfeiçoamento, autocontrole e na contribuição pessoal para a harmonização do meio onde está inserido (SILVARES, 1987; SOARES, 1998).
Atualmente o treino do Karatê é sistematizado e dividido essencialmente em três componentes: o Kihon (prática dos fundamentos técnicos: bases, defesas, socos e pontapés), o Kumitê (aplicação dos fundamentos técnicos: combate propriamente dito) e o Kata (simulação de combate contra adversários imaginários) (SILVARES, 1987; SOARES, 1998). (...)
O Kata sofreu ao longo dos anos, modificações em sua essência filosófica, em função de seu caráter competitivo, e consequentemente na melhor representação do desempenho do carateca. Ressalta-se, portanto que, embora com modificações, o Kata procura resgatar e preservar a filosofia Budô em seus praticantes de modo a manter o equilíbrio físico e mental.
(Adaptado de Tendência dos estudos sobre os kata no karatê. Disponível em: <https://www.efdeportes.com/efd162/tendencia-dosestudos-sobre-karate.htm> Acesso em 29 jan. 2020)
As artes marciais, assim como o Karatê, são práticas físicas e mentais. Elas metaforizam situações de guerra – inclusive por serem derivadas muitas vezes de treinamento bélico – mas se identificam com a ideia de expressividade e criatividade que a palavra “arte” traz. São fundadas principalmente na autodefesa, mais do que no ataque. As competições de artes marciais, como o Karatê, precisam lidar com