Leia atentamente os relatos a seguir.
"Cada morador não se contenta com poucas léguas de terra, entendendo que todas lhe serão precisas ainda que só sirvam de uma insignificante parte junto à sua cabana e por isso, ainda que toda a campanha esteja deserta, todos os campos estejam dados e tenham senhorio."
João Roscio, no seu Compêndio Noticioso do Continente do Rio Grande de S. Pedro, de 1781.
"O abuso que há nesta Capitania de terem alguns moradores tomado três, quatro sesmarias com dez, doze e mais léguas de terras é prejudicialíssimo não só a S.A.R. mas aos povos em geral; ao mesmo tempo que há famílias que não possuem um palmo."
Manoel Antonio Magalhães, administrador do quinto e dízimo [no Rio Grande do Sul], em fins do século XVIII.
[...] "Há muitas famílias pobres — pobres vagando de lugar em lugar, segundo o favor e capricho dos proprietários de terras e sempre faltas de meios de obter algum terreno em que façam um estabelecimento permanente".
Antonio José Gonçalves Chaves, em suas Memórias Ecônomo- Políticas sobre a administração pública no Brasil, de 1822.
Os textos descrevem