O deslocamento de pessoas e de mercadorias vem sofrendo uma espécie de desaceleração social, na medida em que o aumento das desigualdades socioeconômicas tem excluído a maior parte da população do mundo do consumo e da mobilidade geográfica.

O “encolhimento do mapa do mundo” ocorre graças às inovações nos transportes que diminuem o tempo das viagens, como que “encurtando as distâncias espaçotemporais” entre lugares, mercadorias e pessoas.

Embora a velocidade dos meios de transporte de passageiros tenha aumentado significativamente no último século, predomina ainda uma “lentidão socialmente determinada”, uma vez que a maior parte das pessoas está alijada da mobilidade, da telecomunicação e da fluidez contemporânea.

Na medida em que o desenvolvimento das forças produtivas sob o modo de produção capitalista promoveu a compressão do espaço-tempo e a aceleração contemporânea, o mundo tornou-se metaforicamente “plano”, pois o "encolhimento do mundo" horizontalizou as relações sociais, ao prover condições igualitárias de mobilidade, comunicação e deslocamento para a maioria das pessoas.