Leia com atenção as seguintes estrofes de A cruz da estrada, de Castro Alves:
Caminheiro que passas pela estrada,
Seguindo pelo rumo do sertão,
Quando vires a cruz abandonada,
Deixa-a em paz dormir na solidão.
Caminheiro! do escravo desgraçado
O sono agora mesmo começou!
Não lhe toques no leito de noivado,
Há pouco a liberdade o desposou.
As duas estrofes apresentam vocábulos do mesmo campo semântico, como cruz, paz, solidão, sono, leito. Pode-se, através dessas estrofes, inferir que
I. o escravo dorme depois de um dia estafante de trabalho.
II. “sono” e “liberdade o desposou” são eufemismos para a morte.
III. o eu lírico, que é o próprio escravo, dirige-se ao leitor, em 2a pessoa.
IV. o eu lírico se dirige ao caminheiro.
Está(ão) correta(s)