Leia este poema:
Ego de mona kateudo
Dor, dor de minha alma, é madrugada
E aportam-me lembranças de quem amo.
E dobram sonhos na mal-estrelada
Memória arfante donde alguém que chamo
Para outros braços cardiais me nega
Restos de rosa entre lençóis de olvido.
Ao longe ladra um coração na cega
Noite ambulante. E escuto-te o mugido,
Oh vento que meu cérebro aleitaste,
Tempo que meu destino ruminaste.
Amor, amor, enquanto luzes, puro,
Dormido e claro, eu velo em vasto escuro,
Ouvindo as asas roucas de outro dia
Cantar sem despertar minha alegria.
FAUSTINO, Mário. O homem e sua hora e outros poemas.
São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 89.
IDENTIFIQUE três aspectos formais que caracterizam esse poema como um soneto.
Aspecto 1:
Aspecto 2:
Aspecto 3: