Leia o seguinte excerto de Flaubert, iniciador do realismo literário.
O autor, em sua obra, deve ser como Deus no universo, presente em toda parte, e visível em parte nenhuma. A arte sendo uma segunda natureza, o criador dessa natureza deve agir com o procedimento análogo. Que se sinta em todos os átomos, em todos os aspectos, uma impassibilidade escondida e infinita. O efeito, para o espectador, deve ser uma espécie de assombro. Como tudo isto foi feito? É o que se deve dizer, e sentir-se, esmagado sem saber por quê.
(FLAUBERT, Gustave. Cartas exemplares. Rio de Janeiro: Imago, 2005, p. 83.)
A partir dessa afirmação e levando em conta a obra madura de Machado de Assis, sobretudo Memórias Póstumas de Brás Cubas, é CORRETO afirmar: