Leia o fragmento abaixo, da canção “Bienal”, de Zeca Baleiro.
“Desmaterializando a obra de arte do fim do milênio Faço um quadro com moléculas de hidrogênio Fios de pentelho de um velho armênio Cuspe de mosca, pão dormido, asa de barata torta Meu conceito parece, à primeira vista, Um barrococó figurativo neo-expressionista Com pitadas de arte nouveau pós-surrealista calcado da revalorização da natureza morta”.
A letra sugere uma série de questões que se pode levantar sobre a criação artística e sobre o processo da elaboração de uma obra de arte. Além disso, indica de forma bem humorada a dificuldade que encontramos hoje para emitir uma opinião, julgar ou mesmo fazer uma crítica das obras de arte das últimas décadas. Segundo Adorno e Horkheimer, esse fenômeno poderia ser entendido a partir do processo de industrialização da cultura, que tem como um dos pontos fundamentais a: