Questão
Universidade Regional do Cariri - URCA
2022
Fase Única
Leia-letra-musica-Pra422f0af479f
Leia a letra da música Pra não dizer que não falei de flores, do músico compositor brasileiro, Geraldo Vandré:

Caminhando e cantando e seguindo a canção Somos todos
iguais, braços dados ou não Nas escolas, nas ruas, campos,
construções Caminhando e cantando e seguindo a canção

Vem, vamos embora, que esperar não é saber Quem sabe faz
a hora, não espera acontecer Vem, vamos embora, que esperar
não é saber Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Pelos campos há fome em grandes plantações Pelas ruas
marchando indecisos cordões Ainda fazem da flor seu mais
forte refrão E acreditam nas flores vencendo o canhão

Vem, vamos embora, que esperar não é saber Quem sabe faz
a hora, não espera acontecer Vem, vamos embora, que esperar
não é saber Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Há soldados armados, amados ou não Quase todos perdidos
de armas na mão Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição
De morrer pela pátria e viver sem razão

Vem, vamos embora, que esperar não é saber Quem sabe faz
a hora, não espera acontecer Vem, vamos embora, que esperar
não é saber Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Nas escolas, nas ruas, campos, construções Somos todos soldados,
armados ou não Caminhando e cantando e seguindo
a canção Somos todos iguais, braços dados ou não

Os amores na mente, as flores no chão A certeza na frente, a
história na mão Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição

Vem, vamos embora, que esperar não é saber Quem sabe faz
a hora, não espera acontecer Vem, vamos embora, que esperar
não é saber Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Vem, vamos embora, que esperar não é saber Quem sabe faz
a hora, não espera acontecer Vem, vamos embora, que esperar
não é saber Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Vem, vamos embora...

( Compositores: Dias Geraldo Pedrosa de Araujo © Editora E Imp. Musical Fermata Do Brasil)

O historiador brasileiro Marcos Napolitano, escreveu que "Na segunda metade dos anos 1960, Millôr Fernandes cunhou uma frase que expressa a estranha situação da cultura e das artes no Brasil entre 1964 e 1968: ´Se continuarem permitindo peças como Liberdade, Liberdade, vamos acabar caindo em uma democracia’. O artista se referia à peça teatral de sua autoria, junto com Flávio Rangel, grande sucesso de 1965, que era uma grande colagem de falas sobre a democracia e a liberdade, dos gregos antigos aos contemporâneos." (Marcos Napolitano, No entanto é preciso cantar, in. 1964: História do Regime Militar no Brasil, 2015, p. 97).

Depois de estabelecer relação com a letra da música e o fragmento do texto de Marcos Napolitano, marque a alternativa correta:
A
A ameaça comunista que o Regime Militar no Brasil tentava combater ainda estava entranhada nos movimentos artísticos nacionais, formado predominantemente por baderneiros.
B
O Regime Militar era a expressão dos cidadãos de bem que respeitavam os movimentos sociais e políticos, e não tinham como prática a repressão da política diversificada.
C
Vivia-se uma forte ditadura responsável por reprimir movimentos sociais e políticos, mas que permitia que a esquerda derrotada na política triunfasse na cultura.
D
O Regime Militar não defendia o capitalismo, mas sim a democracia liberal. Foi neste período que o regime incentivou com políticas públicas à produção da arte no país.
E
Arte e cultura não possuem elementos capazes de transformar a vida prática da sociedade, geram altos custos ao Estado, o impedindo de aplicar recursos em áreas estratégicas, como a tecnologia da informação, engenharias e a produção de comodities.