Leia o trecho do ensaio “A vida ao rés-do-chão”, do crítico Antônio Candido.
A crônica não é um “gênero maior”. Não se imagina uma literatura feita de grandes cronistas, que lhe dessem o brilho universal dos grandes romancistas, dramaturgos e poetas. Portanto, parece mesmo que a crônica é um gênero “menor”. Por meio dos assuntos, da composição solta, do ar de coisa sem necessidade que costuma assumir, ela se ajusta à sensibilidade de todo o dia. O fato de ficar perto do dia a dia age como quebra do monumental e da ênfase.
(Antonio Candido. Recortes, 1993. Adaptado)
Depreende-se do ensaio de Antonio Candido que