Leia o poema “Sanduíche matinal”, de Astrid Cabral.
Sanduíche matinal
Mastigam-se ao café
entre fatias torradas
jornais com pingos de sangue
jornais com furos de bala.
No portal da manhã
o sinistro sanduíche
energiza os transeuntes do dia.
(Engavetado o remorso
dos crimes bem menores)
Omissões? traições? covardias?
Transgressões mínimas.
Todos, subitamente, melhores.
(Astrid Cabral. Intramuros, 2011.)
No contexto apresentado pelo poema, a leitura matinal dos jornais