Questão
Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz – FAG
2022
Fase Única
VER HISTÓRICO DE RESPOSTAS
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Leia o poema de Vinicius de Moraes, “Poema de natal”, e responda à questão a seguir:

Para isso fomos feitos: Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar Para enterrar os nossos mortos
Por isso temos braços longos para os adeuses Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra. Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer Uma estrela a se apagar na treva 
Um caminho entre dois túmulos Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver A noite dormir em silêncio.

Não há muito o que dizer: 
Uma canção sobre um berço 
Um verso, talvez de amor 
Uma prece por quem se vai
Mas que essa hora não esqueça 
E por ela os nossos corações 
Se deixem, graves e simples. 
Pois para isso fomos feitos: 
Para a esperança no milagre 
Para a participação da poesia 
Para ver a face da morte
De repente nunca mais esperaremos… 
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas 
Nascemos, imensamente.

Com base na leitura do poema, assinale a alternativa CORRETA:
A
Nos breves versos podemos sentir a fugacidade dos sentimentos e a perenidade da vida. Parece que, num piscar de olhos, toda a relação está definitivamente perdida. É como se a vida e o afeto cultivados a dois se esvaíssem num segundo.
B
O título do poema nos faz crer que se trata de uma escrita composta no final do ano. Os versos são característicos desta ocasião porque procuram fazer um balanço do passado e daquilo que realmente importa. É como se o eu-lírico olhasse para as lembranças e se desse conta do que efetivamente tem valor na vida.
C
Os versos dedicados ao amor compostos por Vinicius de Moraes começam tecendo uma comparação da amada com o universo náutico. Nessa homenagem o poeta exalta especialmente os olhos daquela que é o objeto da sua adoração.
D
Os olhos da amada, ao longo dos versos, transmitem uma série de afetos distintos. Se num primeiro momento há a sensação de paz e tranquilidade, num segundo instante os olhos o seduzem e o enchem de euforia.
E
Ao longo dos versos é possível perceber que a amizade já não é mais cotidiana e não permite encontros tão frequentes como outrora, mas, por outro lado, o afeto, a confiança e o querer bem permanecem idênticos.