Leia o poema do escritor Alberto de Oliveira (1857-1937).
Num trem de subúrbio
No trem de ferro vimo-nos, um dia,
E amarmo-nos foi obra de um momento,
Tudo rápido, como a ventania,
Como a locomotiva ou o pensamento.
– “Amo-te!”
– “Adoro-te!”
A estação primeira
Surge. Saltamos nela ao som de um berro.
Nosso amor, numa nuvem de poeira,
Tinha passado, como o trem de ferro.
(CAMPOS, Geir. Alberto de Oliveira – Poesia, Rio de Janeiro: Agir Editora, 1969.)
Interpretando o poema, é correto afirmar que nessa obra está presente a