Diferentemente do que aconteceu na América Espanhola, a Independência do Brasil foi realizada sem conflitos ou guerras. As províncias localizadas mais ao norte, como a Bahia e o Grão-Pará, aderiram de forma pacífica ao projeto de separação política em relação a Portugal.

A transferência da Família Real Portuguesa para o Brasil, em 1808, transformou o Rio de Janeiro em centro político do Império Português. Para a nova corte convergiram as principais decisões administrativas, bem como capitais e novos fluxos comerciais.

A separação do Brasil em relação a Portugal deu-se no âmbito dos movimentos constitucionalistas, que se alastraram na primeira metade do século XIX tanto na Europa quanto na América.

A opção pela monarquia como forma de governo do Brasil independente decorreu do entendimento de parcelas expressivas da elite de que ela seria um instrumento eficaz para garantir a manutenção da ordem e da unidade territorial.

As transformações políticas ocorridas na Espanha decorrentes do expansionismo napoleônico contribuíram para o fortalecimento das autonomias locais em várias regiões do Império Espanhol na América.