Leia os quadrinhos e os textos a seguir.


O ponto de partida dos pensadores naturalistas do século VI a.C. era aphysis. Nesse conceito grego, estavam, inseparáveis, o problema da origem – que obriga o pensamento a ultrapassar os limites do que é da dona experiência sensorial– e a compreensão, por meio da investigação empírica, do que deriva daquela origem e existe atualmente.
(Adaptado de: JAEGER, W. Paidéia: a formação do homem grego. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989. p.135.)
Os primeiros filósofos passaram a substituir todas as divindades míticas pelo ser impessoal, chamado princípio ou, em grego, arché. Àquela arché atribuíram tanto a origem de todas as coisas quanto a capacidade de compô-las e estruturá-las. Assim, ela representa uma racionalização das forças divinas, da sua causalidade.
(Adaptado de: TÜRCKE, C. O nascimento mítico do logos. In: DE BONI, L. A. (org.)Finitude e transcendência. Petrópolis: Vozes; Porto Alegre: PUCRS, 1996. p.89.)
Com base na tirinha e nos textos e a partir dos conhecimentos sobre o surgimento e o desenvolvimento progressivo da Filosofia, explique o significado filosófico da proposição enunciada por Tales de Mileto de que a água é o princípio de todas as coisas.