Leia o segmento abaixo.
[...] na época de Maomé, o judaísmo e o cristianismo já estavam presentes e bem estabelecidos. O Profeta referia-se a uma revelação comum, que ele vinha completar e retificar por meio do Alcorão, última mensagem de Deus. Para os muçulmanos, judeus e cristãos eram crentes parciais, incompletos, inacabados, que haviam recebido uma parte da revelação. Para os cristãos, os judeus desempenhavam um papel semelhante, e eram, por assim dizer, ‘protegidos’ pelas mesmas razões, embora de maneira geralmente menos tolerante. Em compensação, consideravam o islã [...] como um desvio, uma heresia, uma perversão da religião revelada ou mesmo paganismo. [...] Outra diferença: o jihad prega a conquista; a guerra santa, a reconquista.
FLORI, Jean. Guerra Santa: formação da ideia de cruzada no ocidente cristão. Trad. Ivone Benedetti. Campinas: Editora UNICAMP, 2013. p. 357-358.
Sobre as relações entre as três religiões monoteístas, citadas no trecho acima, considere as afirmações abaixo.
I. - As cruzadas diferenciavam-se da ideia de reconquista.
II. - As convocações papais contra os muçulmanos, na época em que viveu Maomé (século
VII. da era Cristã), tornaram-se comuns por causa da expansão islâmica.
III - As acusações de heresia, perversão ou paganismo dos muçulmanos, feitas pelos cristãos, foram argumentos usados para justificar as cruzadas.
Quais estão corretas?