Leia o texto de Georges Jean para responder à questão.
A história do antigo Egito teria ficado, sem dúvida, em grande parte desconhecida ou obscura, se Champollion e os egiptólogos não tivessem penetrado no segredo da escrita “hieroglífica” que recobre os inumeráveis monumentos do vale e do delta do Nilo.
Esta escrita, ao contrário da cuneiforme – austera, geométrica, abstrata –, é fascinante, poética e realmente viva. Porque é feita de desenhos admiravelmente estilizados: cabeças humanas, pássaros, animais diversos, plantas e flores.
Sumérios e egípcios habitavam a mesma região do mundo e suas civilizações apresentavam muitos pontos em comum. Por essa razão, os pesquisadores ainda se interrogam sobre eventuais equivalências entre os pictogramas de uns e os hieróglifos de outros. Contudo, por enquanto, ainda se está no terreno das hipóteses e a pesquisa está longe de ser concluída.
Segundo os antigos egípcios, foi o próprio deus Thot quem teria criado a escrita, dando-a depois aos homens. A palavra “hieróglifo”, que designa os caracteres da escrita egípcia, significa, de fato, “escrita dos deuses” (do grego hieros, “sagrado”, e gluphein, “gravar”).
Os primeiros documentos contendo inscrições em hieróglifos remontam ao terceiro milênio a.C.; porém, parece que a escrita surgiu antes. Em todo caso, não sofreu nenhuma transformação notável até aproximadamente 390 d.C., nem mesmo quando o Egito estava sob o domínio romano. Simplesmente, o número de símbolos cresceu, passando de setecentos a cinco mil, no momento da ocupação romana.
(A escrita: memória dos homens, 2008. Adaptado.)
“Sumérios e egípcios habitavam a mesma região” (3º parágrafo)
Passada à voz passiva e mantido o sentido original, a oração transforma-se em: