Questão
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
2024
Fase Única
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Discursiva
Leia o texto abaixo.

Nova Rota da Seda: o que Brasil ganha ou perde se aderir a plano trilionário chinês

A possível aproximação do Brasil ao controverso e ambicioso plano de investimentos em infraestrutura da China conhecido como “Nova Rota da Seda” está no centro das negociações entre diplomatas brasileiros e chineses às vésperas da chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao país asiático. [...] Diplomatas ouvidos em caráter reservado pela reportagem afirmam que o One Belt, One Road (Um Cinturão, uma Rota, em tradução livre) é um dos principais pontos ainda em discussão do comunicado.

De acordo com negociadores brasileiros, embora os chineses sempre acenem com o assunto nas trocas diplomáticas, dessa vez eles exerceram um pouco mais de pressão sobre o lado brasileiro por uma adesão. O Brasil, no entanto, ainda não teria decidido se fará alguma menção ao projeto no comunicado conjunto que deverá ser divulgado ao final da visita, na sexta-feira (14/4).

PRAZERES, Leandro; FONTES, Mariana. BBC News Brasil, 12/4/2023. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c728gjrked2o.

A respeito do texto e dos contextos históricos relacionados, é correto afirmar que: 

01. o projeto político e econômico do atual governo chinês intitulado “Nova Rota da Seda” faz referência à rede de estradas e caminhos que impulsionou as trocas comerciais e culturais entre Oriente e Ocidente durante a Idade Média. 

02. na Idade Média, cidades orientais como Constantinopla, Pequim e Trípoli tiveram suas atividades comerciais interrompidas e só vieram a se tornar grandes centros urbanos após a ampliação da Rota da Seda e o contato com a cultura europeia. 

04. escrita no século XIII, a obra “O Livro das Maravilhas”, do mercador italiano Marco Polo, é uma importante fonte para compreendermos como se construiu na Europa um imaginário exótico e fantasioso a respeito do Oriente. 

08. no período em que a Rota da Seda esteve sob domínio de Kublai Khan, soberano do Império Mongol, a comercialização para a Europa de qualquer produto que não fosse a seda chinesa foi proibida, provocando uma crise entre Oriente e Ocidente conhecida como “Guerra das Especiarias”. 

16. a partir do século XI, comerciantes italianos estabeleceram relações comerciais com mercadores da região da Rota da Seda, estimulando a entrada na Europa de novas mercadorias, como especiarias e artigos de luxo, o que contribuiu para o crescimento do comércio europeu no período. 

32. com o projeto “Nova Rota da Seda”, o governo chinês pretende restabelecer as antigas relações comerciais com o Brasil e com a América Latina, rompidas na derrocada do Império Mongol.