Leia o texto.
“A angolana liberta Luzia Pinta foi denunciada à Inquisição em 1740 por realizar ritos elaborados em frente a um altar e ao som de tambores e címbalos, nos quais ouvia ventos que lhe entravam na cabeça e aconselhavam os que a procuravam. Vendida para o tráfico atlântico, chegou ao Brasil em torno de 1711, ainda mocinha, vinda de Luanda (...). Os ritos que praticava, conforme as descrições contidas no processo tinham nítidas feições centro-africanas, mas nos interrogatórios (...) aparecem vários elementos católicos. A acusada atribuía seus poderes aos santos católicos, à Virgem Maria e a Deus, e não a forças diabólicas, como os inquisidores queriam ouvir. Em 1744 foi condenada ao exílio no Algarve”.
(SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil Africano. São Paulo: Ática, 2008. p.112.)
O trecho selecionado, que narra parte da trajetória da liberta angolana Luzia Pinta, faz nos pensar sobre as características da sociedade em que ela viveu. Sobre isso, assinale a alternativa INCORRETA: