Leia o texto do crítico Alfredo Bosi sobre Graciliano Ramos:
“Mas é em São Bernardo que o foco narrativo em primeira pessoa mostrará a sua verdadeira força na medida em que seria capaz de configurar o nível de consciência de um homem que, tendo conquistado a duras penas um lugar ao sol, absorveu na sua longa jornada toda a agressividade latente de um sistema de competição. Paulo Honório cresceu e afirmou-se no clima de posse, mas a sua união com a professorinha idealista da cidade vem a ser o único e decisivo malogro daquela posição de propriedade estendida a um ser humano. Tragédia do ciúme, no plano afetivo, e, ao mesmo tempo, romance de desencontro fatal entre o universo do ter e o universo do ser, São Bernardo ficará, na economia extrema de seus meios expressivos, como paradigma de romance psicológico e social da nossa literatura.”
(BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 3ª. ed. São Paulo: Cultrix, 1997.)
O crítico literário Alfredo Bosi classifica São Bernardo, de Graciliano Ramos, como obra paradigmática tanto de romance psicológico como de romance social da literatura brasileira. Dentre as alternativas abaixo, marque aquela cujo argumento NÃO justifica a afirmativa de Bosi: