“Qualquer recanto nos serviria então para recolher a vergonha de não termos alcançado um simples patamar donde outra paisagem mais fértil se mostrasse.” (linhas 03 a 05) 

“É nesses momentos que fazemos decididos projectos de exaltação pessoal e nos dispomos a modificar o mundo. O espelho é de muito auxílio no dispor das feições adequadas ao modelo que vamos seguir.” (linhas 07 e 08)

“Por outras palavras, e mais simples: não seremos todos nós transformadores do mundo? um certo e breve minuto da existência não será a nossa prova, em vez de todos os sessenta ou setenta anos que nos couberam em quinhão?” (linhas 13 a 15) 

“Mal é se vamos encontrar esse minuto num passado longe, ou no momento não temos olhos para outras ascensões mais próximas. Mas talvez haja aí uma escolha deliberada, consoante o lugar onde falamos do nosso deserto pessoal ou os ouvidos que nos escutam. (linhas 16 a 18)

“É o soluço do medo de não ter coragem. Vinte metros. A terra está definitivamente longe. As casas rasteiras são insignificantes, e as pessoas é como se tivessem desaparecido, e de todas apenas restasse o rapaz que sobe – precisamente porque sobe.” (linhas 38 a 40)