Leia o texto para responder à quetão.
Prova da barbárie e, para alguns, da natureza não humana do ameríndio, a antropofagia condenava as tribos que a praticavam a sofrer pelas armas portuguesas a “guerra justa”.
Nesse contexto, um dos autores renascentistas que escreveram sobre o Brasil, o calvinista francês Jean de Léry, morador do atual Rio de Janeiro na segunda metade da década de 1550 e quase vítima dos massacres do Dia de São Bartolomeu (24.08.1572), ponto alto das guerras de religião na França, compara a violência dos tupinambás com a dos católicos franceses que naquele dia fatídico trucidaram e, em alguns casos, devoraram seus compatriotas protestantes:
“E o que vimos na França (durante o São Bartolomeu)? Sou francês e pesa-me dizê-lo. O fígado e o coração e outras partes do corpo de alguns indivíduos não foram comidos por furiosos assassinos de que se horrorizam os infernos? Não é preciso ir à América, nem mesmo sair de nosso país, para ver coisas tão monstruosas”.
(𝙻𝚞𝚒𝚜 𝙵𝚎𝚕𝚒𝚙𝚎 𝙰𝚕𝚎𝚗𝚌𝚊𝚜𝚝𝚛𝚘. “𝙲𝚊𝚗𝚒𝚋𝚊𝚕𝚒𝚜𝚖𝚘 𝚍𝚎𝚞 𝚙𝚛𝚎𝚝𝚎𝚡𝚝𝚘 𝚙𝚊𝚛𝚊 𝚎𝚜𝚌𝚛𝚊𝚟𝚒𝚣𝚊𝚛”. 𝙵𝚘𝚕𝚑𝚊 𝚍𝚎 𝚂.𝙿𝚊𝚞𝚕𝚘, 𝟷𝟸.𝟷𝟶.𝟷𝟿𝟿𝟷. 𝙰𝚍𝚊𝚙𝚝𝚊𝚍𝚘.)
O conceito de “guerra justa” foi empregado, durante a colonização portuguesa do Brasil, para