Leia o texto a seguir.
Num lugar escolhido da biblioteca do mosteiro [de Ulm] ergue-se uma magnífica escultura barroca. É figura dupla da história. Na frente, Cronos, o deus alado. É um ancião com a fronte cingida; a mão esquerda segura um imenso livro do qual a direita tenta arrancar uma folha. Atrás, e em desaprumo, a própria história. O olhar é sério e perscrutador; um pé derruba uma cornucópia de onde escorre uma chuva de ouro e prata, sinal de instabilidade; a mão esquerda detém o gesto do deus, enquanto a direita exibe os instrumentos da história: o livro, o tinteiro e o estilo.
RICOEUR, P. A memória, a história, o esquecimento. Campinas: Ed. UNICAMP, 2007, p. 67.
Segundo a mitologia grega, Clio, a musa da história, é filha de Zeus e de Mnemósine, a memória. Sobre memória e história, atribua
V. (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.
( ) A memória é a recordação das coisas que ficaram no passado, desvinculada do presente e da experiência histórica.
( ) A história é a forma de conhecimento que investiga aquilo que os seres humanos construíram no tempo e no espaço; neste sentido, ela é materialista.
( ) A memória é mais verdadeira que a história, porque se relaciona com a experiência vivida pelo indivíduo, e a experiência é mais fidedigna que a representação.
( ) A memória coletiva é aquela que, compartilhada por um grupo, substitui a história devido ao conceito de experiência.
( ) A história utiliza-se dos veículos de memória para garantir a objetividade necessária a toda forma de conhecimento.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.