Leia o texto a seguir.
A diferença entre “forma” e “substância” é muito importante quando Aristóteles descreve como o ser humano reconhece as coisas do mundo. Quando reconhecemos as coisas, nós as ordenamos em diferentes grupos ou categorias. [...] E assim vamos nós pelo mundo, colocando as coisas em gavetas diferentes. [...] Aristóteles mostrou que todas as coisas na natureza pertenciam a diferentes grupos e subgrupos. [...] Estou pensando naquele jogo de salão em que uma pessoa é mandada para fora da sala enquanto os outros ficam pensando no que a pessoa terá que adivinhar quando voltar. Os outros decidem pensar em Mons, o gato do vizinho que nessa hora está no jardim. A pessoa retorna para a sala e começa a adivinhar. Os outros só podem responder com “sim” e “não”. Se a pessoa for um bom aristotélico, o diálogo entre eles e os demais bem que poderia ser este: É concreto? (Sim!) Pertence ao reino mineral? (Não!) É vivo? (Sim!) Pertence ao reino vegetal? (Não!) É um animal: (Sim!) É um pássaro? (Não!) É um mamífero? (Sim!) Isto é tudo sobre o bicho? (Sim!) É um gato? (Sim!) É Mons? (Siiiimm! Risadas...). Aristóteles foi um organizador meticuloso que queria pôr ordem nos conceitos dos homens.
(Adaptado de: GAARDER, J. O mundo de Sofia: romance da história da filosofia. Tradução de João Azenha Jr. 4. reimpressão. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 128).
Sobre a lógica de Aristóteles, assinale a alternativa correta.