Leia os textos a seguir.
Projeto de lei quer tornar ‘busca pela felicidade’ uma obrigação do Estado.
(Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/poder/787567-projeto-de-lei-quer-tornar-busca-pela-felicidade-uma-obrigacao-do-estado.shtml>.Notícia de 23 ago. 2010. Acesso em: 3 jul. 2011.)
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) lançou ontem um índice de “vida melhor” para medir a felicidade dos países, que vai bem além das cifras do Produto Interno Bruto (PIB).
(Disponível em: <http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/selecao-diaria-de-noticias/midias-nacionais/brasil/valor-economico/2011/05/25/ocde-cria-indice-de-felicidade-nacional>. Notícia de 25 maio 2011. Acesso em: 3 jul. 2011.)
A felicidade, mais do que qualquer outro bem, é tida como o bem supremo, pois a escolhemos por si mesma e nunca por causa de algo mais. Por sua vez, a honra, o prazer e a razão, embora os escolhamos por si mesmos (pois os escolheríamos, ainda que nada resultasse deles) escolhemo-los por causa da felicidade, pensando que a posse deles nos tornará felizes. Ao contrário, ninguém escolhe a felicidade tendo em vista algum destes, tampouco, de um modo geral, qualquer outra coisa que não seja ela própria. Se a felicidade é a atividade conforme à virtude, será razoável que ela esteja em conformidade com a mais alta de todas as virtudes, a qual se refere à melhor parte de cada um de nós. Não só é a razão a melhor coisa que existe em nós, como também os objetos da razão são os melhores entre os objetos passíveis de ser conhecidos. É amais contínua, já que a contemplação da verdade pode ter uma continuidade maior que a de qualquer outra atividade que possamos exercer.
(Adaptado de: ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Trad. de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim. 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1991.p.15; 188. Coleção Os Pensadores.)
Pelas notícias acima, percebe-se que o tema felicidade está em voga. Para a filosofia, esse tema se impôs ainda na antiguidade clássica. Para Aristóteles, é insuficiente dizer que a felicidade –eudaimonia– é o maior bem para os seres humanos, pois há variações acerca do que cada um identifica por felicidade. Por essa razão, o filósofo afirma que é preciso compreender que tipo de vida ou bem viver está subjacente à felicidade.
A partir dos conhecimentos sobre o tema felicidade em Aristóteles, explique em que cada um dos três tipos principais de vida (honra, prazer, razão) se aproxima ou se afasta da felicidade.