Leia o trecho de um diálogo entre pai e filho, na noite em que este completou 21 anos, extraído do conto Teoria do Medalhão, de Machado de Assis, e responda a questão.
– Vejo por aí, meu pai, que vosmecê condena toda e qualquer aplicação de processos modernos.
– Entendamo-nos. Condeno a aplicação, louvo a denominação. O mesmo direi de toda a recente terminologia científica; deves decorá-la. (...) como tens de ser medalhão mais tarde, convém tomar as armas do teu tempo. E de duas uma: – ou elas estarão usadas e divulgadas daqui a trinta anos, ou conservar-se-ão novas; no primeiro caso, pertencem-te de foro próprio; no segundo, podes ter a coquetice de as trazer, para mostrar que também és pintor. De oitiva, com o tempo, irás sabendo a que leis, casos e fenômenos responde toda essa terminologia; porque o método de interrogar os próprios mestres e oficiais da ciência, nos seus livros, estudos e memórias, além de tedioso e cansativo, traz o perigo de inocular idéias novas, e é radicalmente falso. Acresce que no dia em que viesses a assenhorear-te do espírito daquelas leis e fórmulas, serias provavelmente levado a empregá-las com um tal ou qual comedimento, como a costureira esperta e afreguesada, – que, segundo um poeta clássico,
Quanto mais pano tem, mais poupa o corte,
Menos monte alardeia de retalhos;
e este fenômeno, tratando-se de um medalhão, é que não seria
científico.
– Upa! que a profissão é difícil!
– E ainda não chegamos ao cabo.
Considere o trecho a seguir para responder a questão.
– Vejo por aí, meu pai, que vosmecê condena toda e qualquer aplicação de processos modernos.
– Entendamo-nos. Condeno a aplicação, louvo a denominação.
Em – Condeno a aplicação, louvo a denominação. – a relação entre as duas orações é corretamente expressa pela conjunção