Leia os versos do poeta Manoel de Barros.
Ele só andava por lugares pobres
E era ainda mais pobre
Do que os lugares pobres por onde andava.
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O homem usava um dólmã de lã sujo de areia e cuspe de aves.
Mas ele nem tô aí para os estercos.
Era desorgulhoso.
Para ele a pureza do cisco dava alarme.
E só pelo olfato esse homem descobria as cores do amanhecer.
Quanto ao processo de formação de palavras, nos versos há um neologismo, criado por meio de prefixo e de sufixo, e uma palavra formada por parassíntese. Trata-se, respectivamente, de