Logo após a Revolução de 1930 os trabalhadores tornaram-se interlocutores privilegiados do Estado. É necessário lembrar que as ideias dominantes na Primeira República não reconheciam o valor do trabalho e do trabalhador. Não havia relação entre trabalho e riqueza. O trabalhador era pobre e era bom que permanecesse nesse estado porque somente assim ele trabalharia. Também nenhuma relação existia com a questão da cidadania. Exatamente por viver do seu próprio trabalho, o operário não teria direitos.
(FERREIRA, Jorge. “Os conceitos e seus lugares: trabalhismo, nacional-estatismo e populismo”. In: BASTOS, Pedro P.Z e FONSECA, Pedro C.D (orgs). A Era Vargas. Desenvolvimentismo, economia e sociedade. São Paulo, Ed. Unesp, 2012, p. 298)
O Movimento Operário europeu, ao longo do século XIX, desenvolveu várias formas de organização e luta por cidadania e direitos políticos e sociais. Nessa linha de atuação, a Carta do Povo, que deu origem ao Movimento Cartista, reivindicava o direito de voto