Manifesto de Luís Carlos Prestes (maio/1930):
“[...] Mais uma vez os verdadeiros interesses populares foram sacrificados vilmente, mistificado todo o povo, por uma campanha aparentemente democrática, mas que, no fundo, não era mais do que a luta entre os interesses contrários de duas correntes oligárquicas, apoiadas e estimuladas pelos dois grandes imperialismos que nos escravizam e aos quais os politiqueiros brasileiros entregam, de pés e mãos atados, toda a Nação.
Fazendo tais afirmações, não posso, no entanto, deixar de reconhecer entre os elementos da Aliança Liberal grande número de revolucionários sinceros, com os quais creio poder continuar a contar na luta franca e decidida que ora proponho contra todos os opressores.
[...]
Contra as duas vigas mestres que sustentam economicamente os atuais oligarcas, precisam, pois, ser dirigidos os nossos golpes – a grande propriedade territorial e o imperialismo anglo-americano.
Essas, as duas causas fundamentais da opressão política em que vivemos e das crises econômicas em que nos debatemos.
[...]
O governo dos coronéis, chefes políticos, donos da terra, só pode ser o que aí temos: opressão política e exploração não positiva”.
In: TÁVORA, Juarez. Memórias: uma vida e muitas lutas. Rio de Janeiro: Ed. José Olímpio, 1973.
De acordo com o texto e com seus conhecimentos, é correto afirmar que o Manifesto se posiciona