No Maranhão, em 1878, os negros fugitivos do Quilombo do Limoeiro trabalhavam com a pena e o maracá do pajé tupi para identificar os feiticeiros da comunidade. A coparticipação nesses rituais favorecia a circulação de vários elementos e a justaposição da dança de roda à mesa espírita. Fundado em São Luís, em 1889, o terreiro da Turquia incluía em seu panteão caboclos, como o Rei da Turquia, ou gentis, como Dom Luís Rei da França, além de índios, princesas, botos, boiadeiros. As linhas e correntes de caboclos, mestres e encantados se multiplicavam ao lado dos mais distantes deuses africanos, orixás, voduns, inquices.
PARÉS, Luis Nicolau. Religiosidades. In: SCHWARCZ, Lilia; GOMES, Flávio dos Santos. Dicionário da escravidão e liberdade: 50
textos críticos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. p. 382.
Ao abordar o cenário religioso na província maranhense no final do século XIX, o texto chama atenção para