“Mas não quero me meter com gente louca”, Alice observou.
“Oh! É inevitável”, disse o Gato; “somos todos loucos aqui. Eu sou louco. Você é louca”.
“Como sabe que sou louca?” perguntou Alice.
“Só pode ser”, respondeu o Gato, “ou não teria vindo parar aqui.”
Alice não achava que isso provasse coisa alguma; apesar disso, continuou: “E como sabe que você é louco?”
“Para começar”, disse o Gato, “um cachorro não é louco. Admite isso?”
“Suponho que sim”, disse Alice.
“Pois bem”, continuou o Gato, “você sabe, um cachorro rosna quando está zangado e abana a cauda quando está contente. Ora, eu rosno quando estou contente e abano a cauda quando estou zangado. Portanto, sou louco.”
“Chamo isso ronronar, não rosnar”, disse Alice.
CARROLL, Lewis. Alice no País das Maravilhas / Alice através do espelho e o que Alice encontrou por lá. Trad. Maria Luiza X. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2009 (p. 77-78).
O trecho acima é um diálogo que brinca com suposições lógico-filosóficas. Nesse sentido, assinale o que for correto.