Questão
Centro Universitário Christus - UNICHRISTUS
2015
1ª Fase
NHENGACU-VERDE-AMARELO203abfb46c0
NHENGAÇU* VERDE-AMARELO

(Manifesto do Verde-Amarelo ou da Escola da Anta)

(...)

O grupo “Verde-Amarelo”, cuja regra é a liberdade plena de cada um ser brasileiro como quiser e puder; cuja condição é cada um interpretar o seu país e o seu povo através de si mesmo, da própria determinação instintiva; o grupo Verde-Amarelo, à tirania das sistematizações ideológicas, responde com a sua alforria e a amplitude sem obstáculo de sua ação brasileira. Nosso nacionalismo é de afirmação, de colaboração coletiva, de igualdade dos povos e das raças, de liberdade do pensamento, de crença na predestinação do Brasil na humanidade, de fé em nosso valor de construção nacional.

Aceitamos todas as instituições conservadoras, pois é dentro delas mesmo que fazemos a inevitável renovação do Brasil, como o fez, através de quatro séculos, a alma da nossa gente, através de todas as expressões históricas.

Nosso nacionalismo é Verde-Amarelo e tupi.

O objetivismo das instituições e o subjetivismo da gente sob a atuação dos fatores geográficos e históricos.

Correio Paulistano, 17 de maio de 1929. In TELES, Gilberto Mendonça. Op. Cit.

*Nhengaçu: língua tupi.


As primeiras manifestações do movimento Verde-Amarelo aconteceram em 1926, criticando o movimento Pau-Brasil, por julgá-lo “afrancesado”. A leitura do fragmento, posto anteriormente, permite inferir que o grupo Verde-Amarelo pregava uma arte
A
genuinamente nacional buscando a valorização do elemento indígena.
B
nacional que buscasse associar os valores telúricos aos padrões estrangeiros vigentes no Brasil.
C
essencialmente indígena, pois negava todo o processo cultural das instituições conservadoras nacionais.
D
múltipla e eclética, pois defendia a visão artística global e integrada aos valores internacionais.
E
brasileira de exportação, de raiz, telúrica e primitiva, porém marcada fortemente pelos valores internacionais.