NHENGAÇU* VERDE-AMARELO
(Manifesto do Verde-Amarelo ou da Escola da Anta)
(...)
O grupo “Verde-Amarelo”, cuja regra é a liberdade plena de cada um ser brasileiro como quiser e puder; cuja condição é cada um interpretar o seu país e o seu povo através de si mesmo, da própria determinação instintiva; o grupo Verde-Amarelo, à tirania das sistematizações ideológicas, responde com a sua alforria e a amplitude sem obstáculo de sua ação brasileira. Nosso nacionalismo é de afirmação, de colaboração coletiva, de igualdade dos povos e das raças, de liberdade do pensamento, de crença na predestinação do Brasil na humanidade, de fé em nosso valor de construção nacional.
Aceitamos todas as instituições conservadoras, pois é dentro delas mesmo que fazemos a inevitável renovação do Brasil, como o fez, através de quatro séculos, a alma da nossa gente, através de todas as expressões históricas.
Nosso nacionalismo é Verde-Amarelo e tupi.
O objetivismo das instituições e o subjetivismo da gente sob a atuação dos fatores geográficos e históricos.
Correio Paulistano, 17 de maio de 1929. In TELES, Gilberto Mendonça. Op. Cit.
*Nhengaçu: língua tupi.
As primeiras manifestações do movimento Verde-Amarelo aconteceram em 1926, criticando o movimento Pau-Brasil, por julgá-lo “afrancesado”. A leitura do fragmento, posto anteriormente, permite inferir que o grupo Verde-Amarelo pregava uma arte