Não! Não eram dois povos, que abalavam
Naquele instante o solo ensanguentado...
Era o porvir—em frente do passado,
A Liberdade—em frente à Escravidão,
Era a luta das águias — e do abutre,
A revolta do pulso—contra os ferros,
O pugilato da razão — com os erros,
O duelo da treva—e do clarão!...
No entanto a luta recrescia indômita...
As bandeiras — como águias eriçadas —
Se abismavam com as asas desdobradas
Na selva escura da fumaça atroz...
Tonto de espanto, cego de metralha,
O arcanjo do triunfo vacilava...
E a glória desgrenhada acalentava
O cadáver sangrento dos heróis!...
ALVES, Castro.
Disponível em: https://www.culturagenial.com/poemas-castro-alves/. Acesso em 26/08/2021
Na perspectiva do Romantismo, a representação da liberdade espelha concepções expressas no poema pela