“Navegar é preciso, viver não é preciso”. Esta frase de antigos navegadores portugueses, retomada por Fernando Pessoa, por Caetano Veloso e sabe-se lá por quantos mais citadores ou reinventores, ganha sua última versão no âmbito da Informática, em que o termo navegar adquire outro e preciso sentido.
Na nova acepção, em tempos de Internet, o lema parece mais afirmativo do que nunca. Os olhos que hoje vagueiam pela tela iluminada do monitor já não precisam nem de velas, nem de versos, nem de fados: da vida só querem o cantinho de um quarto, de onde fazem o mundo flutuar em mares de virtualidades nunca antes navegados.
Considere as seguintes afirmações:
I. A significação das palavras constitui um processo dinâmico e supõe o reconhecimento histórico de seu emprego.
II. As expressões “velas”, “fados” e “nunca dantes navegados” ligam-se ao contexto primitivo do velho lema.
III. Desligando-se de suas raízes históricas, as palavras apresentam-se esvaziadas de qualquer sentido.
Conforme se pode deduzir do texto, está correto o que se afirma