Neuropropaganda
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Apple ou Microsoft? Brahma ou Antarctica? Sadia ou Perdigão? Por que escolhemos uma marca e não outra? Em 2003, numa experiência que lançou as bases do neuromarketing, o neurologista americano Read Montague provou que essa decisão não é racional. Ele serviu Pepsi e Coca-Cola para um grupo de voluntários enquanto monitorava o cérebro deles. Quando a bebida vinha em copinhos brancos, sem identificação, deu empate. Metade das pessoas preferiu a Pepsi, e metade a Coca. E o cérebro de todas se comportou da mesma forma, com a atividade concentrada no putame ventral –área ligada à percepção de sabores gostosos. Já quando os voluntários foram informados de qual marca estavam tomando, tudo mudou. A maioria, 75%, passou a preferir a Coca. Que também teve um efeito diferente sobre o cérebro. A região dominante passou a ser o córtex medial, que está ligado às emoções. Ou seja: os voluntários passaram a ignorar o sabor da bebida, que seria o critério de decisão mais lógico, e escolheram o refrigerante de forma irracional. As marcas realmente afetam o discernimento das pessoas –as fazem tomar decisões que normalmente não tomariam. (...)
Superinteressante. Edição 268. Agosto de 2009. p. 60 e 62.
Quando nos propomos a jogar o “jogo” da linguagem, quase sempre temos objetivos, metas a alcançar, comportamentos que almejamos ser realizados, ações ou reações que desejamos obter do outro.
Da discussão que envolve o excerto do texto, podemos depreender que: