(Nossa! Vai-se ver tudo! – pensavam, passavam.)
depois tomavam vinte metros da fachada, fazendo aparecerem as primeiras salas devassadas.
(O quê? – pasmavam.)
Durante um mês a obra parou. Os de fora perguntavam-se se já estaria concluída a reforma, olhando disfarçadamente sem ousar parar e sem virar muito a cabeça para lá; os de dentro trabalhavam com certo constrangimento, ficavam mais na parte de alvenaria, procurando não chamar a atenção. Os serviços expostos eram os de comunicação, escuta telefônica, fichários, administração, almoxarifado. Pareceria uma repartição pública burocrática se não houvesse, bem visível na lateral esquerda, a casa das armas. Ainda se mantinham sentinelas com metralhadoras, apesar de os vidros serem à prova de bala.
ÂNGELO, I. A casa de vidro. Disponível em: https://tinyurl.com/wmo4qfj. Acesso em: 29 jan. 2020.
Sobre o trecho supracitado, pode-se constatar que o estilo é