Num dia de festa na Corte do Mali, apresentam-se os poetas, os jula, no singular jali. Põem-se diante do rei e recitam seus poemas, que são uma espécie de exortação ao rei. Dizem-lhe: “Nesta plataforma ou bandi em que estás sentado, sentou-se o rei fulano, cujas façanhas foram tais e tais; faz, portanto, o bem para que sejas lembrado pela posteridade”. Informaram-me que este é um costume antigo, de antes da conversão ao islamismo, e que persiste entre eles.
IBN BATTUTA. Viagens. In: In: SILVA, Alberto da Costa e (org.). Imagens da África: da Antiguidade ao século XIX. São Paulo: Penguin, 2012. Adaptado.
O texto acima foi escrito por um viajante marroquino que esteve no Reino do Mali, região subsaariana, durante o século XIV. Seu relato sugere: