Numa população de insetos nitidamente sensíveis à ação de determinado inseticida, é de se esperar que alguns poucos indivíduos sejam naturalmente resistentes. Logo após a pulverização observa-se uma forte redução na população, e somente os insetos resistentes sobrevivem e continuam a se reproduzir, originando descendentes igualmente resistentes. Depois de algumas gerações, a população abriga, praticamente, apenas insetos resistentes e o número destes indivíduos permanece estável, mesmo quando novas aplicações do inseticida são processadas. De modo análogo, o uso contínuo de antibióticos também provoca a seleção de linhagens bacterianas resistentes, o que justifica a diminuição da eficácia desses medicamentos depois de algum tempo. Adaptado de Paulino, W.R., 3ª ed., 1999, 455.


À luz do conhecimento atual, nas duas situações, a capacidade de expressar resistência aos produtos químicos, devido ao uso abusivo das respectivas substâncias, é explicada acertadamente através do conceito evolutivo: