(...) Nunca houve uma constituição romana escrita, mas Políbio viu em Roma um exemplo perfeito, na prática, de um velho ideal filosófico grego: a “constituição mista”, que combinava os melhores aspectos de monarquia, aristocracia e democracia. Os cônsules — que tinham total controle militar, podiam convocar assembleias populares e dar ordens a todas as demais autoridades (exceto aos tribunos plebeus) — representavam o elemento monárquico. O Senado — que naquela época tinha a seu encargo as finanças de Roma, a responsabilidade por delegações para e de outras cidades e supervisionava de fato a lei e a segurança por todo o território romano e de seus aliados — representava o elemento aristocrático. O povo representava o elemento democrático. Não era “democracia” ou “o povo” no sentido moderno: não havia algo como sufrágio universal no mundo antigo. Políbio referia-se ao grupo de cidadãos homens como um todo.
(BEARD, Mary. SPQR – Uma História da Roma Antiga. Tradução: Luís Reyes Gil. 1.ed. São Paulo: Planeta, 2017.p.228-229)
A partir da leitura do texto e de seus conhecimentos, é possível afirmar que: