Ó mar salgado, quanto de teu sal
São lágrimas de Portugal
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador.
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu
Mas nele é que espelhou o céu.
Este poema foi escrito em 1934, pelo poeta português Fernando Pessoa, e se transformou numa espécie de hino das chamadas Grandes Navegações. Nele são descritas as angústias, as desgraças e o sentimento de esperança relacionados às dificuldades de empreender a expansão marítima nos séculos XV e XVI.
Analise as seguintes afirmativas.
I) As burguesias europeias, principalmente as da Península Ibérica, apoiadas por monarquias nacionais fortes e capazes de financiar as navegações, começaram a lançar suas embarcações em busca de novos caminhos para o Oriente.
II) A expansão de Portugal correspondia aos interesses de diversos grupos sociais e instituições que compunham a sociedade portuguesa, o que alterou as relações políticas e sociais no país.
III) A Igreja e a Coroa Portuguesa viam na expansão marítima uma possibilidade de expandir a fé católica, conquistando novos fiéis, além de continuar o projeto iniciado nas Cruzadas: combater os infiéis muçulmanos do Oriente.
Está(ão) correta(s)